Em um mundo onde a educação é a base para o desenvolvimento individual e social, a crescente onda de ataques a instituições de ensino, estudantes e educadores representa uma ameaça alarmante. O Dia Internacional para Proteger a Educação de Ataques, celebrado anualmente em 9 de setembro, serve como um lembrete crucial da necessidade de salvaguardar o direito fundamental à educação, especialmente em contextos de conflito e instabilidade.
Para a 2em1 Educacional, que se importa profundamente com o futuro da educação e o bem-estar de estudantes e educadores, esta data ressoa como um chamado à ação e à reflexão sobre os desafios enfrentados e as soluções necessárias. Este artigo explora a importância desta data, os impactos devastadores da violência na educação e o papel de organizações como a UNESCO na promoção de ambientes de aprendizagem seguros.
A criação do Dia Internacional para Proteger a Educação de Ataques é um marco significativo na conscientização global sobre a vulnerabilidade da educação em zonas de conflito. Em 28 de maio de 2020, a Assembleia Geral das Nações Unidas adotou a Resolução 74/275, estabelecendo oficialmente o 9 de setembro como a data para esta observância. A UNESCO e o UNICEF foram designados como cofacilitadores, com a missão de mobilizar esforços e inspirar ações para a proteção da educação e o apoio a comunidades educacionais afetadas pela violência [1].
Esta resolução não apenas reconhece a gravidade dos ataques à educação, mas também sublinha a importância de proteger escolas, universidades e outros espaços de aprendizagem como refúgios seguros, fontes de conhecimento e pilares para a construção da paz e do desenvolvimento. A educação, em sua essência, deve ser um caminho para o futuro, e não um alvo de conflitos.
Conflitos armados e a violência generalizada têm um impacto desproporcional e devastador na educação. Escolas são frequentemente transformadas em campos de batalha, usadas para fins militares ou deliberadamente atacadas, privando milhões de crianças e jovens de seu direito à aprendizagem. O direito internacional humanitário é claro: instalações educacionais possuem natureza civil e devem ser protegidas sob os princípios de distinção, proporcionalidade e precaução. A Resolução 2601 do Conselho de Segurança da ONU e a Declaração de Escolas Seguras reforçam essa proteção, fornecendo diretrizes essenciais para garantir a continuidade da educação mesmo em tempos de crise.
Os números recentes pintam um quadro sombrio da situação global. Entre 2022 e 2023, a Coalizão Global para Proteger a Educação de Ataques registrou aproximadamente 6.000 ataques a estudantes, educadores, escolas e instituições de ensino superior. Durante este período, houve um aumento de 20% no uso de instalações educacionais para fins militares. Mais de 10.000 estudantes foram mortos, sequestrados, presos ou de outra forma prejudicados. O Relatório Anual do Secretário-Geral da ONU sobre Crianças e Conflitos Armados de 2025 revelou um aumento alarmante de 44% nos ataques contra escolas em 2024 em comparação com o ano anterior, com mais de 52 milhões de crianças em países afetados por conflitos tendo sua educação severamente interrompida [2].
Embora o foco global esteja frequentemente nos conflitos armados, o Brasil também enfrenta um desafio crescente de violência no ambiente escolar. Dados recentes indicam uma tendência preocupante: o número de casos de violência em escolas brasileiras mais do que triplicou em uma década, atingindo seu pico em 2023 [2].
Entre 2002 e outubro de 2023, o país registrou 36 ataques a escolas, resultando em 164 vítimas. A violência escolar foi responsável por pelo menos 47 mortes desde 2001. Somente entre 2022 e 2024, 64% dos 42 ataques extremos registrados desde 2001 ocorreram, resultando em 44 mortes e 113 feridos. Em 2023, nove pessoas morreram e 29 ficaram feridas em ataques violentos contra escolas [2].
Além das perdas de vidas e lesões, a violência tem um impacto profundo no desempenho acadêmico e na saúde mental dos estudantes. Pesquisas mostram que alunos de escolas em áreas expostas a conflitos apresentam pontuações mais baixas em exames e que a exposição contínua à violência aumenta as chances de reprovação e evasão escolar [2].
O Dia Internacional para Proteger a Educação de Ataques é mais do que uma data comemorativa; é um chamado global à ação. A proteção da educação é uma responsabilidade coletiva que exige o engajamento de governos, organizações internacionais, comunidades e indivíduos. Para a 2em1 Consultoria, que reconhece a educação como um pilar essencial para o desenvolvimento sustentável e a construção de uma sociedade mais justa, a defesa de ambientes de aprendizagem seguros e acessíveis é uma prioridade. Ao garantir que escolas sejam espaços seguros e inclusivos, não apenas protegemos o direito à educação, mas também investimos no futuro, construindo sociedades mais resilientes, pacíficas e prósperas. A 2em1 Consultoria reitera seu compromisso com a promoção de um ambiente educacional seguro e de qualidade para todos.
Por Juliana Mucury Rocha– Relações Públicas
Referências
[1] UNESCO. International Day to Protect Education from Attack. Disponível em: https://www.unesco.org/en/days/protect-education-attack. Acesso em: 9 set. 2025.
[2] Dados Complementares sobre Ataques à Educação. (Informações compiladas de G1, Jornal USP, CNN Brasil, Portal Gov.br, D3E, Observatório de Favelas).